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Entrando no universo underground do grafite

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Oi gente, tudo bem?

Ah sexta-feira nem acredito, HOJE estréia o filme COCO before CHANEL (não percam).

Bom, uma das disciplinas da minha faculdade (optativa, que eu escolhi fazer) foi GRÁFITE, ou melhor Expressões Gráficas Urbanas. Há algum tempo eu venho estudando a história do grafite, fazendo stencil e tags.

Pra quem não sabe stencil é um desenho ou ilustração que representa um numero, símbolo, tipografia ou qualquer outra forma ou imagem figurativa ou abstrata, que possa ser delineada por corte ou perfuração em papel, papelão, metal ou outros materiais.

Abaixo, alguns que eu fiz, os bonequinhos foram os primeiros e a Mafalda está no meu apê:

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argentina 007

TAG: assinatura, apelido, sigla:

Digitalizar0016

Bom, procurando mais sobre esse universo underground do grafite eu achei essas verdadeiras obras de arte: grafite no esgoto.

O responsável por esses grafites é o grafiteiro José Augusto Amaro Capela, o Zezão.

Vou falar um pouco sobre ele:

Para José Augusto Amaro Capela, vulgo Zezão, como é conhecido entre os grafiteiros do mundo todo, deixar suas marcas em esgotos, tampas de bueiros ou em paredes da “cracolândia” se transformou no modo mais sincero de transformar sentimentos marginais em arte.

Zezão 4

Grafiteiro desde 1995, Zezão ingressou no mundo das artes por acaso. “Eu desenhava sem pretensão. Queria só rabiscar”, declara. Quando questionado sobre o motivo que o levou às ruas, Zezão responde sem dificuldades: “Eu sempre gostei das ruas, queria deixar a cidade mais bonita”. A paixão pelo ambiente urbano, pela perturbação da metrópole sempre dirigiu a vida deste artista paulistano, nascido no bairro do Bom Retiro e criado em meio a galpões da antiga indústria paulista que levantava a economia no início do século XX.

A dificuldade de encontrar um de seus grafites é justificada pelo próprio Zezão: “Ah, eu sempre pintei para as pessoas da rua. Pessoas como mendigos, gente de albergue que não tem condições de comprar arte”. Segundo ele, seus alvos preferidos contradizem o princípio do grafite: dar visibilidade à mensagem criada. “Ninguém queria ir grafitar o esgoto comigo. Ninguém entendia nada”, salienta.

zezão 1

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Apesar da despretensão dos trabalhos do artista, em 2005, algumas de suas obras foram expostas em uma tradicional galeria de arte urbana em São Paulo: a Choque Cultural. “Depois da Choque Cultural, eu comecei a ser chamado para várias exposições pelo mundo”. Suas obras estão registradas em galerias de Nova York, Londres, Paris, Alemanha entre outros países. No Brasil, está no lugar em que tudo começou, na Choque Cultural.

Além de expor nas grandes galerias de arte underground, o artista vende suas obras para quem deseja tê-las em sua casa. Ele grafita residências de empresários, publicitários, executivos e não sente qualquer tipo de receio em comercializar seu trabalho. “Quando eu era mais novo eu não aceitava isso”. No entanto, Zezão salienta que não se pode deixar que oportunidades passem. Hoje, morador da Serra da Cantareira, bairro afastado do centro, o artista busca paz e tranqüilidade, longe da confusão que um dia lhe seduziu a largar a escola e dar vazão aos seus sentimentos por intermédio da arte.

Mesmo tendo aceito o apelo comercial de suas obras, Zezão revela que pintar as ruas ainda é a parte mais sedutora do mundo das artes. “Grafite é subversão, uma coisa ilegal. Muita gente não entende isso”.

trechos retirados do site: http://portalimprensa.uol.com.br/portal/traco/2008/02/22/imprensa17366.shtml

Para conhecer o trabalho de Zezão acesse:

http://www.artesubterranea.com (site oficial)

http://www.myspace.com/zezao

http://www.lost.art.br/zezao.htm

http://www.flickr..com/photos/zezao/

http://www.fotolog.net/vicio_z