Oi gente, ontem apresentei meu INTER (Projeto Interdisciplinar IV) para a banca de professores e ouvintes, foi maravilhoso.
O tema proposto para esse semestre foi “O Design de Moda e a Cultura Brasileira” com base na obra “O Povo Brasileiro” de Darcy Ribeiro, que fala do processo de construção da cultura brasileira a partir de “Encontros e Desencontros” das matrizes Afro, Lusa e Tupi.
Com sub-tema escolhemos (eu e meu grupo) Encontros e Desencontros, porém ainda muito abrangente. Como o sub-tema ainda era muito abrangente, buscamos um foco, partindo do momento em que ocorreram essas primeiras interações entre as matrizes: o litoral sul paulista, mas especificamente Itanháem, pelo caráter histórico e fácil acesso, possibilitando uma pesquisa de campo.
Fui inúmeras vezes à Itanhaém buscar um objeto especifico capaz de sintetizar tal analise. Eu tinha em mente buscar algo próximo ao local onde as águas do mar se encontram a do rio, fazendo um paralelo com o encontro/desencontro das matrizes. E foi quando, indo para a trilha Morro do Sapucaitava (que dá acesso à praia) que encontrei esse objeto:
Um monumento em homenagem a cidade de Itanhaém no período em que ela foi Cabeça de Capitania (1616 à 1706). O monumento apresenta 3 pontos principais: o padre Anchieta, o Brasão da Cidade e a história em azulejos.
Tudo parecia caminhar bem, foi então que a tia da Ana (integrante do grupo) nos chamou para participar do 1º Encontro de ESTILO, ELEGÂNCIA E EQUILIBRIO, sobre moda inclusiva para deficientes visuais. Foi aí que depois dessa experiência, decidimos trabalhar com essas necessidades.
O foco do trabalho não seria mais o objeto e sim a percepção/não percepção das pessoas que passam pela trilha e não enxergam o objeto, não só objeto mais as pessoas a sua volta, vestígios deixados pela formação e interação da cultura, por isso o titulo: “Coisas que nem todo mundo vê…”.
O nosso objetivo e desafio foi tornar visível e palpável os atributos de cada peça, levando em consideração as necessidades, como por exemplo: TODA nossa apresentação foi gravada em áudio-descrição e durante a apresentação vendamos os professores para que eles pudessem partir do mesmo ponto que partimos para o processo criativo, além do que todas as peças apresentaram uma etiqueta em Braille e à tinta.
Esse foi o resultado:
Por
Mariana Arruda