Mais uma vez acordamos ainda de madrugada para ir ao aeroporto. A viagem até o aeroporto foi rápida e o vôo também não demorou.
Quando acordamos novamente já era hora de descer do avião. Aliás, mal acordamos, de tão sonâmbulos, saímos sem pegar as bagagens, o que nos fez ter que dar um jeito para voltar até a área especifica- ainda bem que o Digo fala alemão.
Na porta de saída, uma parte da família alemã do Digo nos esperava- a mãe Renate e a irmã Vera.
Colocamos as coisas no carro e em 1h estávamos em Nordkirchen na fazenda deles. Passamos antes em um marcado para comprarmos uns pães.
Lá chegamos e conhecemos o pai Hebert e a Oma (avó) e tomamos um belo café no jardim.
Aí fomos fazer um tour pela fazenda, ver como funciona o sistema BioQuímico da fazenda e Metano, onde eles transformam todo o “resto das vacas e porcos” em energia.
Depois pegamos as bicicletas e fomos até o Campo de futebol de Nordkirchen, além de ir ao centro e a um belíssimo Castelo.
O caminho era lindo, repleto de arvores, algumas carregadas de maçã e outras de pêra- parecia um paraíso. A arquitetura era única, que dá a cidade um aspecto de conto de fada.
Voltamos para a fazenda e comemos uma deliciosa sobremesa: iogurte mais frutas silvestres com calda.
Por fim, o Konny- irmão do Digo chegou e junto com Vera e o Digo nos levaram para conhecer aonde o Rodrigo havia estudado e em frente havia um outro castelo- este de guerra. Conhecemos o centro da cidade e voltamos para casa.
Antes de dormirmos a família se reuniu com vinho e “gosminhas”, uns docinhos que temos aqui no Brasil também, parece uma gelatina de minhoquinha- uma delicia, ali conversamos até tarde.
Acordei um pouco indisposta e o Mau e o Digo foram pegar café lá em baixo e trouxeram para eu tomar na cama. Pães, sucos, danones e croissants.
Fomos para o Museu do Louvre, onde passamos 4h admirando as obras ali expostas, entre elas, a famosa Gioconda- A Monalisa. Não preciso nem enfatizar que fiquei emocionada em ver todas aquelas pinturas e esculturas. É algo indescritível ver de perto àquelas obras em que eu via em livros, sentir a energia do artista é sem duvida algo para eu me lembrar a vida toda.
É informação demais para tão pouco tempo.
Saindo do Louvre fomos andar pelas ruas da moda de Paris, entre elas as lojas Dior, Chanel, John Galliano, Miu Miu, Colette, Max Mara, Schiaparelli, e o famoso Hotel Ritz- onde Gabrielle viveu por mais de trinta anos e em 1971 faleceu.
Depos de tanto andar, estamos muito cansados e famintos, decidimos voltar ao Hotel, mas antes parar em uma pizzaria. Comemos uma pizza cada um (ela é um pouco maior do que a “brotinho” aqui do Brasil).
Fomos para o Hotel, nos trocamos e fomos para a galeria Lafayete, que é um verdadeiro paraíso. Passamos umas 2h por lá.
Retornamos ao Hotel e, enquanto o Digo ficou na banheira eu e o Mau pegamos o metro e fomos até o Estádio Paris Saint-Germain. Estava fechado, por isso só conseguimos abter algumas fotos do lado de fora. O estádio fica um pouco afastado do centro.
Voltamos para o Hotel, reecontramos o pessoal e… adivinhem? Pedimos pizza, isso mesmo 5 pizzas pra todos nós!
Depois usamos a internet do laptop do Tio Lúcio, agendamos um táxi para nos levar para o aeroporto no dia seguinte às 5h da manhã, que iríamos para Düsseldorf, onde nossa aventura continuaria.
Acordamos, fomos tomar café. Embora o salão de café fosse pequeno, o café era excelente, pães de todos os jeito, queijos os mais variados, docinhos, crepes… uma delicia!
Após o café fomos todos (eu, Mau, Digo, Vovó, Mamãe e o tio Lúcio) dar uma volta por Paris, onde vimos uma parte do desfile civil de soldados, por causa do feriado da Queda da Bastilha. O tio Lúcio pagou pra todos uma daquelas “voltas de barco” e pudermos conhecer um pouco de cada lugar histórico. Passamos em várias lojas de souvenirs, onde compramos umas torrinhas, camisetas e todo aquelas coisas que turistas compram.
Passamos também pela catedral de Notre Dame, onde o corcunda vivia. Almoçamos no Subway. Andamos, andamos e andamos. Quase mortos de cansaço, voltamos para o Hotel, onde tivemos uma sessão de banheira para todos.
Após o leve descanso, nos trocamos e fomos para a Torre Eiffel, ver a comemoração do aniversário da Queda da Bastilha. Foi o momento mais impressionante de toda minha vida. Fomos a pé e ficamos a menos de 1km da Torre, onde pudemos ver perfeitamente os fogos, o show e as projeções com Ópera ao fundo eu nos contou toda a história de Paris, França e da própria Torre. Foi um espetáculo.
Tudo isso, ao lado de mais de um milhão de pessoas, que assistiam a tudo, calados, maravilhados.
Ao termino do evento, a multidão se espalhou pelas ruas como em saída de estádios, mas em uma proposição que eu jamais vi.
Acordamos cedo e fomos tomar café. Arrumamos as malas e colocamos em um quartinho do Hotel, pois o check-out era às 11h. daí saímos para o Estádio do West Ham de táxi. Mais uma vez não pudemos entrar e tivemos que nos contentar com as compras na loja oficial do time, que fica ali mesmo. Encontramos ali um boxeador italiano que é casado com uma brasileira, conversamos com ele até que fomos pagar as compras.
Após gastarmos bastante, lamentamos com um dos vendedores que viemos do Brasil e gostaríamos de ver o Estádio por dentro.
E o impossível aconteceu: ele abriu uma porta e nos deixou entrar. Nem preciso falar que foi incrível, o estádio é maravilhoso.
Saímos dali e seguimos para as torres, mas o trem quebrou e como já era um pouco tarde, decidimos voltar ao Hotel.
Eu e o Mau fomos até uma lanchonete comprar uns lanches para o almoço. Chamamos um táxi que custava 45 libras até o aeroporto. O motorista era um cara muito engraçado, gente boa. No final, quando perguntamos se ele teria troco em 3 notas de cinco, ele começou a dançar e cantar “ Olha o que eu tenho aqui” hahaha, aí ele tirou as 3 notas, foi engraçado pra caramba.
Fizemos os checkins e viajamos para paris em um avião da Air France, só serviram uns amendoins, assim, chegamos famintos na cidade luz.
Descemos no aeroporto e já fomos surpreendidos pela presença do exercito nos expulsando de onde iríamos pegar o táxi. Fomos para o outro lado e ao entrar no táxi ouvimos uma explosão- eles explodem as bagagens e pacotes perdidos, diariamente.
Passamos em frente do Estádio da França, que mais parecia um shopping. Paris é uma cidade muito bonita, muito limpa e com uma arquitetura incrível. É diferente de tudo que eu já vi.
Chegamos ao Hotel (que ficava na rua da Torre Eifel) e quem estava lá na porta nos esperando? Minha mãe e minha avó, meu tio estava sentado na esquina vendo se agente chegava por ali. O reencontro foi emocionante- em Paria tudo emociona.
O hotel era lindo e tinha numa banheira maravilhosa. Após subirmos e desfazermos as malas, fomos todos comer pizza em uma pizzaria próxima.
Após o jantar pegamos um metro até a Torre Eifel. Estava noite e a torre toda iluminada- de novo algo emocionante. A torre é MUITO grande.
O metro de Paris, assim como o de Londres é cheio de linhas e intersecções, mas o engraçado é que as vezes você anda quase 15 minutos pela estação até chegar na plataforma de embarque.
O tio Lúcio, a vovó e a mamãe voltaram de táxi e eu, o Digo e o Mau demos uma andada até umas lojinhas de turista- que estavam abertas porque já eram quase 1 da manhã.
Então depois de ficar olhando a Torre em todos osângulos possíveis, fomos dormir.
Não resisti e tive que escrever a respeito de ontem, que passou uma matéria na Globo News sobre Gabrielle Chanel, mais conhecida como Coco Chanel, a reportagem mostrou algumas imagens dela no decorrer de sua carreira, além de mostrar a marca Chanel nos dias de hoje.
Bom, não é só porque eu estudo moda, gosto de moda que eu sou apaixonada por esta pessoa incrível, a Chanel.
Minha paixão vai além das roupas, dos símbolos, dos acessórios e do império que hoje a marca Chanel detém, minha paixão existe pela sua história, seu estilo, minha paixão por ela se dá ao seu jeito sempre a frente de seu tempo, seu jeito atemporal.
Bom, vou colocar um resuminho sobre a vida dela:
Gabrielle Bonheur Chanel, nasceu em Saumur no dia 19 de agosto de 1883 e morreu em Paris, no dia 10 de janeiro de 1971, mais conhecida como Coco Chanel, feminista, elegante, Chanel foi mulher à frente do seu tempo.
Tinha quatro irmãos (2 meninos e 2 meninas), o pai, Albert Chanel, era caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Sua mãe faleceu quando ela ainda era criança e seu pai ficou responsável pelas crianças. As meninas foram educadas num colégio interno, e os irmãos foram trabalhar numa feira.
Com vinte anos, Gabrielle saiu do colégio e foi em busca de um emprego como bailarina, na área de dança e teatro, que não deu muito certo devido à sua estatura.
Com vinte e cinco anos, Chanel conheceu um rico comerciante de tecidos, chamado Etienne Balsan, com quem passou a viver, depois conheceu o rico inglês Arthur Boyle, que se tornou o amor de sua vida e foi ele que a ajudou a abrir sua primeira loja de chapéus, que em pouco tempo se tornou um sucesso.
A relação deles acabou e Chanel abriu a primeira casa de costura, que comercializava roupas e chapéus, além de vender também roupas desportivas para ir à praia e para montar a cavalo, foi ela quem inventou as primeiras calças femininas.
No início dos anos 20, Chanel se relacionou com o russo Dmitri Pavlovich, que a inspirou em desenhar roupas com bordados do folclore russo, contratando diversas costureiras. Foi neste período que Chanel conheceu muitos artistas importantes, como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.
Sua roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs, a camélia como broche e as perolas são referência até hoje, além da bolsa com alças de corrente dourada.
Chegou a Segunda Guerra Mundial e Chanel fechou sua Maison e envolveu-se com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
No final da Guerra, os franceses conceituaram este romance mal e deixaram de freqüentar sua Maison, tendo por isto, dificuldades financeiros. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça.
Faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O mesmo hotel que eu visitei em Paris (veja foto abaixo).
Agora o por quê eu admiro Gabrielle Chanel:
Ela conseguiu com estilo e elegância libertar a mulher dos anos 20 dos trajes desconfortáveis e rígidos. Ela conseguiu reproduzir em suas criações sua própria imagem, de mulher independente, feminista, elegante, bem-sucedida, com personalidade e estilo.
Sobre a marca Chanel hoje:
Dirigida desde 1983 pelo estilista alemão Karl Lagerfeld tanto para a linha de alta-costura quanto para a de prêt-à-porter, a marca Chanel conseguiu continuar sinônimo de elegância e estilo atemporal.
Para quem se interessou pela linda historia de vida de Gabrielle Chanel, uma ótima noticia:
A Warner liberou a versão nacional do trailer e pôster de Coco Antes de Chanel, de Anne Fontaine. Estrelado por Audrey Tautou (O fabuloso destino de Amélie Poulain), o filme conta a trajetória de Gabrielle Chanel, uma órfã teimosa que ao longo da vida se tornou uma estilista de alta-costura lendária. Chanel é sinônimo da mulher moderna, de estilo, de liberdade e, acima de tudo, de sucesso!
O filme estréia dia 30 de outubro nos cinemas nacionais.
“Eu criei um estilo para um mundo inteiro.
Vê-se em todas as lojas “estilo Chanel”. Não há nada que se assemelhe. Sou escrava do meu estilo. Um estilo não sai da moda; Chanel não sai da moda.”
Coco Chanel
por Mariana Arruda
Obs: Foi emocionante estar em Paris visitando suas lojas. Ver que seu estilo está presente, vivo.