Ontem foi um dia especial. Minha Defesa da Dissertação do Mestrado em Design, com o título:
O REDESIGN DO CORPO: ASPECTOS PROJETUAIS EM INTERVENÇÕES CORPORAIS
E a família compareceu em peso.
Momento de concentração
Estou no Mestrado há 2 anos, na Universidade Anhembi Morumbi. Durante este período, tive muitas aulas, visitei diversos museus e galerias (nacionais e internacionais), desenvolvi muitos artigos, apresentei minhas pesquisas em Congressos, Encontros, realizei estágio docente durante 1 semestre – dei aula, preparei aula, prova, corrigi prova – e adorei tudo, tenho certeza que escolhi certo o que quero: ser professora!
Este foi o exato momento em que recebi o título de MESTRE:
Profa. Dra. Beatriz Helena Fonseca Ferreira Pires (externo) da EACH/USP
Profa. Dra. Agda Regina de Carvalho (interno) da Universidade Anhembi Morumbi
Investiguei durante o mestrado, aspectos relativos à compreensão do corpo como instância de criação que proporciona ao sujeito possibilidades de intervenção e de reinvenção de sua aparência.
Diversos registros históricos comprovam que, desde a pré-história, o desejo de intervenção corporal é inerente às necessidades humanas.Na contemporaneidade, esse desejo, aliado ao fascínio pela autonomia corporal e potencializado pelos avanços da tecnologia e da medicina, possibilita inúmeras variedades de transformações do corpo, diluindo as fronteiras entre o natural e o artificial.
Diferentes práticas exercidas sobre o corpo podem ser entendidas e associadas com procedimentos do campo do design, pois envolvem projetos, produção e comercialização.Neste contexto, esta pesquisa apresenta alguns trabalhos da artista francesa ORLAN (artista francesa na foto abaixo), cujas obras relacionam aspectos projetuais e praticas artísticas que visam o redesign de seu corpo.
É arquiteto pela FAU/USP e artista plástico, mas se intitula como “artista prático” ou brincando “marginal chique”.
Recentemente deu uma entrevista à TRIP FM, onde diz que “a arte não serve para nada”, uma pessoa polêmica, né?
SOBRE ELE
Artista multimídia, desenhista, ilustrador, designer, cenógrafo e editor de arte de revistas. Sua produção transita entre o design gráfico, a criação com objetos do cotidiano e a exploração das possibilidades tecnológicas na arte, sempre tratada com humor e ironia. O artista mostra-se extremamente coerente com a variedade de lugares e situações onde apresenta seus trabalhos: de galerias e museus a teatros, espaços públicos e televisão em formatos de esculturas lúdicas, videoinstalações, multimídia, eletroperformances, projetos e instrumentos científicos.
Participou de diversos eventos, entre eles SKY ART na USP (1986), e Water Work Project, Toronto, Canadá (1978). Lecionou comunicação visual e desenho de arquitetura na Faculdade de Artes Plásticas da PUC/Campinas, em 1978-80. Foi professor do curso A Técnica e a Linguagem do Vídeo, no festival de inverno de Campos de Jordão, em 1983. Foi editor da revista Around AZ.
IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Guto Lacaz é basicamente um artista plástico que, às vezes, cruza os terrenos da ciência e da tecnologia, sobretudo quando constrói as suas máquinas e aparelhos paradoxais ou absurdos, sempre inovadores, levando questionamentos.
Em suas obras e performances, Guto manipula diversos objetos e apresenta-se como uma mescla de artista-ator, inventor e mágico. Em suas instalações, transforma radical e poeticamente as funções dos objetos do dia-a-dia, chegando a tangenciar o insólito – questões que podem ser observadas na obra exposta: O Nabo (2001).
O trabalho de Lacaz é a experiência mais negativa que se conheçe no Brasil (negativa no sentido de portadora de uma negação) em relação a toda a religião da produtividade que embasa as sociedades industriais. O que quer Lacaz é justamente transformar em jogo gratuito a função produtiva da tecnologia, de modo a demonstrar que o trabalho artístico depende muito pouco dos valores da produção e progride sempre na direção contrária à da tecnocracia. A tese que parece sustentar o seu trabalho é a de que a arte independe de qualquer teleologia; ela é o que é, esse enigma inesgotável, entre outras coisas porque lhe faltam finalidades. Ao fluxo quantitativo das mensagens utilitárias e confortantes que trafegam diariamente nos canais majoritários da mídia, a arte responde com a incerteza, a indeterminação e, acima de tudo, com um humor que corrói tudo.
Definição do artista sobre arte:
PARALELOS E PONTOS IMPORTANTES…
Guto Lacaz já se cansou de ouvir que sua obra se inspira em Duchamp – de quem, aliás, ele nunca tinha ouvido falar até que começasse a ser objeto de análise por parte da crítica. Guto Lacaz não liga a mínima e continua desmontando rádios, carrinhos, liquidificadores, toca-discos e relógios como uma criança xereta que foi – e é -, para depois combinar partes de uma coisa com outra e produzir um objeto que ninguém saberá dizer para o que serve, exceto despertar um largo e inevitável sorriso. A diferença é que, enquanto uma criança costuma ganhar apenas um puxão de orelhas por sua exibição de criatividade, os objetos inventados por Guto Lacaz vão para as galerias de arte ao preço mínimo, estipulado por seu marchand, João Sattaamini, de 1.000 dólares – e acabam lhe rendendo o dinheiro dos compradores, a admiração dos colegas e o reconhecimento dos entendidos. Guto Lacaz, no entanto, continua achando de si próprio o que sempre achou.
“Não sou um artista plástico, mas sim prático. Sou um biscateiro, um sujeito do tipo que bate prego, pinta prateleira ou desencapa fios”.
O resultado disso é que seu ateliê ficaria melhor descrito como um misto de ferro-velho com a oficina do Professor Pardal, o excêntrico e genial cientista de Walt Disney com que Guto é freqüentemente comparado.
Ontem, 13 de março de 2012, 16h na Universidade Anhembi Morumbi- Campus Morumbi tivemos um diálogo/palestra com Gerson Oliveira, designer, contando um pouco do começo da marca ,OVO, das dificuldades, das estratégias, dos materiais, da loucura do processo criativo e da importância da utilização de espaços públicos. O OBJETO NO ESPAÇO E OUTRAS ESTRATÉGIAS
A não-linearidade no processo criativo é algo que permeia a mente de criadores.
A escolha dos materiais é dada pela excelência e características interessantes de cada um, atrelada ao conceito DURABILIDADE que dialoga mais com SUSTENTABILIDADE.
“A abordagem da Ovo para o design envolve a criação de artefatos inteligentes, que mexem com nossa percepção”, define a revista japonesa Axis.
A Ovo reúne os designers Luciana Martins (São Paulo, SP, 1967) e Gerson de Oliveira (Volta Redonda, RJ, 1970), que criam móveis, objetos e projetos no campo de arte desde 1991. Suas mesas, cadeiras, estantes e luminárias reúnem qualidade formal, usabilidade e uma dose de humor; com freqüência, embutem uma espécie de comentários sobre a casa e o morar.
Premiada no Brasil e na Itália, a Ovo vem sendo objeto de publicações que mapeiam as linhas de força do novo design do mundo.
Em paralelo à atividade comercial, que desenvolvem em seu showroom em São Paulo, a dupla de designers alimenta um constante processo de pesquisa, cujos resultados já mostrou em galerias como a Vermelho, em São Paulo, a Rossana Orlandi, em Milão, e em salões como Maison & Object.
A face mais conceitual do trabalho da Ovo é composta por obras que se descolam do rigor da função e levam o pensamento sobre o morar a novos limites. Na instalação PA (2005), que integra o acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, linhas e planos criados por intervenções de aço inox, acrílico e madeira se estendem por 23 metros de parede, remetendo às ações fundamentais do corpo, como sentar, deitar, apoiar e alcançar.
Adélia Borges
Design Brasileiro Hoje: Fronteiras
Vale a pena procurar mais a respeito da marca e dos trabalhos que são MUITO incríveis!
Vou postar sobre mais um processo de desenvolvimento de um exercício da minha disciplina Design de Superfícies Têxteis, com a Profa. Miriam Levinbook.
Para o exercício proposto, foi utilizada uma foto (tirada na aula de Fotografia) como referência na criação de uma superfície têxtil, capaz de “representar” a foto por meio da reconstrução da imagem, com a utilização de alguns tecidos e aviamentos.
A foto escolhida apresenta uma flor em primeiro plano, com o fundo desfocado, compondo um cenário contínuo e ao mesmo tempo de contraste, entre a flor principal (maior) e o fundo.
Os materiais utilizados para a “reconstrução” da foto no tecido, foram:
Pedaços de tecidos de diferentes estampas (algodão);
Feltro;
Linha de bordar;
Barbante revestido;
Máquina de costura;
Agulha;
A disposição dos elementos seguiu a foto original, porem, não no sentido literal.
A maioria dos materiais utilizados eram sobras de tecido (aproveitados após uma oficina de Patch Work realizada na minha família), por isso, o trabalho acabou sendo ecologicamente correto, relacionando se à essência da foto, o meio ambiente.
Procurei utilizar tecidos que colaborassem na reconstrução não apenas visual, mas também com a idéia da textura da flor fotografada.
A não linearidade das plantas também foi retratada por cortes irregulares do tecido.
O resultado final apresenta o mesmo contraste fundo/objeto.
Além disso, apresenta também a idéia das ranhuras naturais, por meio da escolha de tecidos com estampas complexas, mas complementares.
Estou lendo um livro para a disciplina História do Design e acabei me apaixonando pelo enredo e universo do livro UBIK.
livro Ubik
O autor do livro é Philip K. Dick, nunca tinha lido nada dele, mas já tinha conhecia algumas de suas obras como O Vingador, Blade Runner e O Homem Duplo, então sempre tive curiosidade em ler algo escrito por ele.
autor do Livro Ubik (Philip K. Dick)
Comecei a ler Ubik…
Pra começar, quase todas as obras (mais conhecidas) do Dick se passam no futuro, Ubik não foi diferente (pelo menos futuro para o autor, já que foi escrito em 1969 e a história se passa em 1992).
O enredo envolve ficção cientifica, colônias no espaço, viagens interplanetárias, residências e utensílios domésticos interativos, além de termos “modernosos” como precogs (pessoas que tem o poder de prever eventos que virão acontecer) e antipsis (indivíduos capazes de neutralizar os poderes do precogs).
Sinopse
A sociedade é futurista, sofisticada e funcional, os mortos não morrem totalmente, eles tem a possibilidade de serem mantidos em meia-vida por seus entes queridos, e podem se comunicar com eles.
Joe Chip trabalha para Runciter e Associados, uma organização de segurança antipsis que emprega paranormais (telepatas, precogs) para rastrear e neutralizar a presença de outros talentos psíquicos, infiltrados nas mais diversas empresas.
Em uma missão a Lua, algo terrível acontece: uma explosão. Uma cilada. Os melhores antipsis reunidos. E a morte de Glen Runciter (dono e diretor da Runciter e Associados).
Entre a perplexidade e a busca por explicação, Chip e sua equipe passam a receber mensagens espantosas de seu ex-chefe. Enquanto isso, fragmentos de realidade vão transmigrando para o passado. O mundo parece retrocede.
Na luta para evitar a completa dissolução, surge uma resposta: Ubik.
Vale muito a pena ler, foi considerado um dos cem melhores romances em língua inglesa pela revista Time, esta incitante comedia metafísica sobre morte e salvação traduz plenamente o universo movediço de Dick: um mundo onde verdades nunca são totalmente definitivas; onde o real e o irreal se misturam constantemente, alterando a percepção de seus personagens e de seus leitores.
Pra quem não conferiu a exposição “Jardim de Infância” no MAM do dia 17 de julho até 13 de setembro de 2009, com curadoria e seleção dos irmãos Campana, eu vou falar um pouco à respeito.
O MAM pediu aos irmãos Fernando e Humberto Campana que escolhessem algumas obras entre o acervo de peças do museu, e que oferecessem um novo olhar sobre estas, buscando claro, o design. Nasceu, então a exposição Jardim da Infância:
Os irmãos Campana fizeram uma seleção pessoal de 5 mil peças do acervo do MAM e montaram uma exposição que visava mostrar como a arte surge através do design. Para a escolha dos objetos, os irmãos Campana buscaram no cerne de seu trabalho os critérios para criar a mostra.
O ambiente proposto por eles era colorido, envolvente, que mexia com experiências visuais, olfativas e auditivas, possibilitando uma interação entre a pessoa e o objeto.
A sensação remetida ao entrar na mostra era de que aquela sala parecia um gabinete cheio de bugigangas, que causavam curiosidade, e que, à medida que se observava cada objeto, uma emoção era causada.
Aconteceu ontem, dia 24 de abril de 2009, no Studio205, o E-MIDD, evento que mistura e-music, moda, interação, design e comunicação. O Studio205 fica na rua Pequetita, 205 (Vila Olímpia).
Já participei do evento anterior e neste, participei novamente: fui responsavel pela organização da exposição de moda.
O tema da nossa exposição era T-SHIRTS COSTUME, levei um trabalho meu (com referência no filosofo Michel Foucault) e mais sete trabalhos de amigos meus. Abaixo as fotos das peças expostas:
peças da exposição T-SHIRTS COSTUME
Além da nossa exposição, haviam também, outras exposições: TIME LINE (775 Brasil), STREET ART (Grafite) e STIGMATA TATOO (Marcelo Searby e Leandro Del SSoy).
Sábado, dia 14 de fevereiro, às 23 horas vai rolar um evento (uma festona) pro pessoal que gosta de música, moda, interação e design.
Eu vou estar expondo uma roupa feita por mim e mais dois colegas sobre Bossa Nova, além de contarmos com Djs e mais exposições.
As atrações são:
Djs
Leandro Teles ( Dub Music )
Ale Salgado ( E-MIDD, Santo Antonio )
Daniel Kosher ( E-MIDD, Closer )
Flávio Oliveira
Exposição
“Special Picks” by Miss Marks ( fotografia )
“UrbeDigital”, instalação do coletivo ArsCollectivu ( Artes/Audiovisual e Novas Mídias/Anhembi Morumbi )
“Aura”, Camila Gomes e Natália Bresciani (fotografia/Anhembi Morumbi )
“Bossa Nova”, MB3 e MB5( design e negócios da moda/Anhembi Morumbi )
Está acontecendo até 4 de novembro, no espaço Tomie Ohtake (na Av Faria Lima, em São Paulo) a exposição de Karim Rashid “Arte e design num mundo global”.
Rashid nasceu na década de 60, no Cairo. Teve sua formação profissional iniciada no Canadá e complementada na Itália. Mas foi em Nova York, que inaugurou seu estúdio, em 1993.
É considerado atualmente um dos grandes designers do mundo, que consegue aliar a função artística à mercadológica, desenvolvendo de aspiradores de pó à poltronas bacanérrimas (ao todo já desenvolveu mais de 2.500 objetos).
A exposição é imponente, ocupa todo um setor do prédio, e usa como pano de fundo dos objetos uma estampa, onde estão impressos diversas cenas e momentos de uso dos próprios objetos expostos, criando um universo próprio.
Logo ao entrar, o visitante menos atento se assusta com a presença do próprio Karim. Mas é só um susto, pois trata-se apenas de uma representação bastante próxima do artista.
Na área destinada as roupas foram ampliados diversos desenhos, anotações e até mesmo croquis de Karim e expostos nas paredes da sala.