Inédita no Brasil, a exposição ELLES reuniu 115 obras de mais de 50 mulheres artistas de todo o mundo.
Exposição de mulheres artistas pioneiras que, entre 1907 e 2010, produziram arte em vários formatos – pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo, instalação etc. – e revolucionaram (cada uma a seu modo) os conceitos artísticos de seu tempo.
A mostra foi organizada pelo Centro Georges Pompidou/Musée National d’Art Moderne, que abriga a maior coleção de arte contemporânea da Europa, com curadoria de Emma Lavigne e Cécile Debray, que apresentaram uma nova perspectiva sobre a história da arte moderna e contemporânea.
Com humor, desprezo, sensualidade e ambiguidade, essas mulheres representam os principais movimentos de Arte Moderna, desde a abstração às questões contemporâneas mais prementes.
A partir de um debate relacionado ao papel feminino na história da arte, ELLES resgatou artistas de diversos países do mundo e permitiu que o observador mergulhasse no espaço ocupado pelas mulheres na cultura universal, da literatura à história do pensamento, da dança ao cinema.
Sobre a mostra
ELLES percorre a trajetória da arte contemporânea produzida por mulheres e oferece ao espectador diferentes ângulos de visão – oportunidades para explorar distintas visões e perspectivas a partir do universo de cada criadora.
A primeira seção: Tornar-se uma artista, homenageia a pioneira Sonia Delaunay. Está subdividida em três subseções:
- Pioneiras: obras das homenageadas e da portuguesa Maria Helena Vieira da Silva;
- A parte do inconsciente: apresenta as surrealistas (obras de Marie Laurencin, Dorothea Thanning e Germaine Dulac, entre outras);
- Questionando o gênero (trabalhos de Valérie Belin, Suzanne Valadon, Pipilotti Rist e outras).
Segunda seção: Abstração colorida/abstração excêntrica, dividida em três partes:
- Excêntrica, com obras de Louise Bourgeois, Joan Mitchell e Maria Helena Vieira da Silva;
- Colorida abriga trabalhos de Marthe Wéry e Aurélie Nemours;
- Espaços infinitos, contempla as artistas Geneviève Asse e Vera Molnar.
Terceira seção: Feminismo e a crítica do poder reúne a maior parte das obras, com subseções:
- Pânico genital, subdividida em Espaço doméstico e Reflexão, apresenta trabalhos de ORLAN, Nikki de Saint Phalle, Sonia Andrade, Hanna Wilke e outras.
- Enfrentando a história, as brasileiras Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino e Letícia Parente dividem a cena com Sigalit Landau e Marta Minujin.
- Musas contra o museu, reúne ainda o vídeo “Museum Highlights: a gallery talk” (Andrea Fraser, 1989), o painel “Guerrilla Girls” (que será produzido no Brasil) e trabalhos das artistas Agnès Thurnauer e Sherrie Levine.
Quarta seção: O corpo, o público pode conferir os trabalhos de artistas como Nan Goldin, Eleanor Antin e Carolee Schneemann, entre outras.
Quinta e última seção, figuram obras de Sophie Calle, Annette Messager e das brasileiras Rosângela Rennó e Rivane Neuenschwander, entre outras.
A exposição ficou no Rio de Janeiro até 14 de julho de 2013 e pretende ir para Belo Horizonte, vamos aguardar maiores informações.